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Counter-Strike: major retorna aos EUA após quase uma década

Counter-Strike: major retorna aos EUA após quase uma década

Counter-Strike: Global Offensive
18 Feb
Eric Oliveira

Estamos vendo uma guinada no mundo dos eSports e o Major de Austin faz parte dessa história trazendo o Counter-Strike de volta aos EUA. Sempre houveram torneios locais mas o major ficou longe de casa desde a edição de Boston em 2018.

 

O Counter-Strike major está de volta aos Estados Unidos. O Major de CS volta aos EUA pelas mãos capazes da equipe da BLAST. - Imagem: esportsinsider

 

Counter-Strike de volta pra casa

 

A história tem uma forma interessante de se desenrolar e por conta das coincidências do destino, aventuras surgem e ganham reviravoltas. No caso do counter-strike, a história começa com a Valve, uma empresa americana criando o jogo.

 

Apesar de nascer nos EUA, o CS conquistou o mundo e curiosamente, as empresas encarregadas de organizar com maior sucesso são europeias. O resultado desse contraste é que com o passar do tempo, elas escolheram o que era mais conveniente pra elas.

 

A ligação umbilical da ESL com o Counter-Stike é inegável. A história do CS e da ESL possui uma ligação quase inseparável. - Imagem: ESL Shop US

 

Nesse meio tempo, um dos maiores empecilhos para a realização de torneios nos EUA foi a burocracia de obtenção dos vistos. Ela afetou não apenas o Counter-Strike, mas eSports como um todo, que apesar de moverem milhões de dólares, geralmente não possuem assistência pra vistos.

 

O resultado que é a relação fraterna da ESL, que tem origem na Alemanha, da PGL que é Romena e tantas outras organizações com os EUA enfraqueceu. Era muito mais conveniente pra elas realizar os torneios na Europa e poupar as equipes da dor de cabeça que era a burocracia americana.

 

A onda é uma só e quem consegue pegar tá entrando no ritmo. A PGL está esperando a ESL dar o primeiro pulo de volta. - Imagem: PGL

 

Agora, a maré parece ter mudado e junto da nova onda, temos um retorno do Counter-Strike pra casa e a primeira parada é Austin, no estado americano do Texas. A cidade projeta um investimento de 40 milhões de dólares para o Major de Austin da BLAST, que acontecerá no Moody Center.

 

A expectativa é de que o torneio atraia 50 mil espectadores presencialmente e mais de 200 milhões de pessoas via transmissões para mais de 150 países. Todo esse movimento será uma grande jornada de 3 semanas que acontecerá entre os dias 3 e 22 de junho.

 

O primeiro de muitos

 

Além de marcar o retorno para os EUA, o Major de Austin da BLAST também é um ponto de virada em como os majors funcionam para o Counter-Strike. Depois de anos, temos uma grande mudança com 32 equipes comparecendo ao major.

 

De acordo com o butwhytho, a intenção é de melhorar a equidade nas competições e dar espaço para outras regiões. Primeiramente, as equipes qualificarão por um novo sistema da Valve em que metade entra no torneio pela classificação do ranking e a outra metade pelas regionais.

 

A mundança marca o fim do RMR no Counter-Strike. O novo sistema marca também o fim do RMR que virou praticamente parte da história do CS. - Imagem: PGL

 

Em constraste com o que tínhamos até agora, as regiões ganham uma nova divisão em que as Américas agora são divididas entre norte e sul. Ao mesmo tempo, a Europa é unificada e a Ásia fica dividida entre China, Oceania e Ásia Ocidental.

 

Nesse meio tempo, os RMRs também deixam de existir já que o novo ranking se encarrega do que antes era tarefa deles. É quase um renascimento ao mesmo tempo em que testemunhamos o retorno às origens (geograficamente falando).

 

Coincidência ou planejamento?

 

Se assim como eu você está mergulhando os pés de volta no Counter-Strike depois de anos, é impossível deixar de notar algumas coisas. A mudança de "lado" na presidência do país parece ter a política de puxar investimentos de volta.

 

Nesse sentido, muitas empresas de tecnologia estão migrando da Califórnia e escolheram justamente Austin, ou de forma mais abrangente, o Texas como nova casa. Toda essa onda de investimento parece ter feito bem também para os eSports.

 

Counter-Strike está seguindo a tendência e ela leva ao Texas. Seguir o dinheiro levou muitos eSports de volta aos Estados Unidos. - Imagem: Instagram (csfail.cis)

 

Além dos dados que já mencionei acima, a organização do BLAST disse que pretende realizar um dos maiores eventos de eSports de todos os tempos nos EUA. A premiação total do torneio é de 1,25 milhão de dólares com o primeiro lugar mordendo 500 mil sozinho.

 

Mesmo que o retorno seja algo celebrado pelos fãs, pouca gente imaginou que até mesmo o prefeito da cidade fosse fazer um pronunciamento. De acordo com o site do BLAST, além do prefeiro, o diretor executivo da comissão de esportes da cidade também falou sobre o torneio.

 

Estamos animados para receber o Major de Austin da BLAST, a primeira competição de eSports em arena da cidade de Austin, que estima receber mais de 10.000 fãs por dia ao Moody Center. Para uma cidade que tem um setor de tecnologia e uma base de fãs tão grande nos eSports já estava passando da hora de termos um evento como esse e estamos antecipando uma competição emocionante no próximo mês de Junho.

 

Se acaso estiver colocando os pés de volta no Counter-Strike assim como eu, é importante lembrar que teremos três etapas na fase de grupos. Todas serão eliminatórias com sistema suíço e a torcida só entra em cena nos playoffs, que acontecem no Moody Center entre os dias 19 e 22 de junho.

 

Para acompanhar o retorno do Counter-Strike às raízes e ler todas as novidades do cenário profissional, acesse nossa página de notícias no site oficial do Strafe!

 

Imagem da Capa: blast.tv - Com informações de: Blast e butwhytho

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